segunda-feira, 16 de setembro de 2019
EDUCAÇÃO COMO REDENTORA (Minha Opinião)
No último texto sobre as tendências filosóficas da educação fiz um resumo com base no livro Filosofia da educação de Cipriano Carlos Luckesi e podemos notar que a educação redentora tem como objetivo adaptar os indivíduos à sociedade e intregrá-los de forma neutra, sem reflexão política, cultural ou econômica.
Muitos talvez diriam que na sociedade atual isso seria de uma grande complexidade, já que a globalização e os mais diversos meios de comunicação garantem um livre acesso à informação e de fato trazem aos invidivíduos uma certa autonomia em seus posicionametos e convicções, outros também diriam que dentro de sala de aula existem professores doutrinadores que buscam introduzir conhecimentos ideológicos na mente das crianças e jovens, ou seja, isso seria totalmente diferente daquilo que a educação como redenção propõe (Convenhamos que não vamos dar moral para essas pessoas que gritam pelo projeto escola sem partido né?).
Pois bem, vejo que essa tendência busca "passar um pano" para o sistema capitalista, que busca colocar a sociedade como um todo harmônico e organizado e não leva em consideração todos os contextos que cansamos de falar no sentido de desigualdades sociais, étnicas, raciais e, bom, gente, são muitos problemas não é mesmo? É mais rápido cantar Faroeste Caboclo de trás para frente do que citar todas as dificuldades que nosso povo passa. Estamos longe de viver em uma sociedade tão cheia de flores e harmonia e convenhamos que caso a gente for se pautar no quesito meritocratico da questão, meu pai acorda todos os dias bem cedo a anos e até hoje não merece uma condição de vida boa? Nem todo estudante de escola pública tem a oportunidade de estudar em Harvard e ser exemplo de que todos podemos chegar lá, a maioria mal termina o ensino médio. Essa tendência, como disse Dermeval Saviani, é uma "teoria não crítica da educação", ou seja, ela não leva em conta toda a contextualização crítica da sociedade na qual estamos inseridos.
Mas, mesmo assim, será que essa tendência é colocada como extinta? Ou será que existem profissionais da educação que buscam a todo custo colocarem suas atuações como isentas de comprometimentos com a política e estes contextos que levantamos?
Tudo é político, inclusive seu silêncio conivente e fantasiado de neutralidade!
"Antonio Gramsci"
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