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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Brasil tem péssimo desempenho em matemática, ciências e leitura no PISA
Avaliação internacional de Alunos aponta que o Brasil ficou longe de chegar a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. Veja os gráficos a baixo.
Sim, novamente os indicadores mostram nosso péssimo desempenho e passamos vexame internacional. A notícia parece antiga, mas infelizmente é atual. No Último levantamento do PISA o Brasil ocupa o 70° lugar em Matemática, 66° em ciências e 59° em leitura. As notas estão bem abaixo da média da OCDE, China lidera ranking.
Como podemos notar, temos um desempenho péssimo em matemática. E ficamos muito longe da média da OCDE. Como está ilustrado no gráfico, a média da OCDE são de 489 Pontos, enquanto o Brasil fica com apenas 384 Pontos na 70° posição entre 78° países. A China lidera o ranking com incríveis 591° Pontos e a República Dominicana com 325° pontos em última colocada.
Em ciências, temos uma pontuação um pouco melhor que matemática mas que comparada com a média da OCDE continua sendo ruim. A média da OCDE é de 489 pontos, o Brasil fica com 404 pontos em 66° lugar, a China novamente fica em primeiro com incríveis 590 pontos e na última colocação temos novamente a República Dominicana com 336 pontos.
A surpresa vem em leitura, tivemos uma ligeira melhora nos últimos 10 anos. A Média da OCDE é de 487 pontos, o Brasil fica em 57° lugar com 413 pontos, olha que surpresa a China continua em primeiro lugar com absurdos 555 pontos e em último colocado temos uma novidade, Filipinas toma o lugar da República Dominicana.
China e Brasil tem histórias muito parecidas quando falamos de educação. Ambas buscaram universalizar o ensino no mesmo momento. Hoje podemos notar que mesmo tendo pontos de partida igualitários, estamos muito longe de ter o sucesso que a China obteve.
O Programa Internacional de Avaliação de Alunos, também tem o objetivo de avaliar e gerar indicadores que possam contribuir para a discussão da qualidade educacional nos países participantes.
domingo, 1 de dezembro de 2019
O QUE AS PROVAS PROVAM?
O período de provas, seja eles para o fim de semestre, vestibulares, ou somente provas avaliativas sempre são bem tensos. Independente do objetivo, essas provas mexem com o psicológico dos estudantes e sempre fazem alguns corações chegarem ao céu da boca.
É verdade, que hoje em dia as provas são um método muito comum utilizado em todos os âmbitos educacionais, seja na educação formal e informal, privada ou pública e no ensino básico ou superior.
As notas servem para avaliar o desempenho dos alunos em sala de aula, seu desenvolvimento durante a aprendizagem ou para que o aluno possa acessar a universidade. Dentro do Ensino Básico e Superior, essas notas tendem a estigmatizar os alunos, de um lado os ótimos e bons alunos e de outro os alunos regulares e ruins.
Buscar boas notas acaba se tornando mais importante que aprender, não é atoa que o estudo se intensifica durante as provas e o copiar e colar é totalmente normal.
Além disso, podemos notar a diferenciação dentro das universidades entre estudantes de escolas públicas e estudantes de escolas privadas. Em 2018 apenas 36% dos alunos que completaram o ensino médio na rede pública entraram numa faculdade. O percentual mais que dobra quando o aluno vem da rede privada, em média cerca de 79,2%. Será que as provas realmente conseguem ser efetivas? Ou nesse caso, sem uma avaliação com base em um ponto de partida equitativo só contribuí ainda mais com a exclusão e desigualdade?
As provas sempre são de tirar o sono de muitos, alguns alunos tem muita dificuldade em prestar as provas, outros em lidar com a pressão, alguns não são bons em certa matéria e isso não quer dizer que não sejam inteligentes, pelo contrário, muitos tem outras potencialidades que seriam facilmente identificadas por um método menos frio de avaliação.
Eu serei um futuro professor e as vezes paro e penso, como será para mim ter que aplicar uma prova a um aluno? Talvez, identificar que esse aluno tem diversas potencialidades e as vezes até saiba a questão, mas na hora da prova vai mal. Com certeza, irei refletir muito sobre isso.
A escola precisa identificar as potencialidades de cada um, trabalhar às individualidades de cada um, cada estudante tem suas características e formas de aprender. Logicamente que para isso, os professores deveriam ser infinitamente mais valorizados e melhor remunerados, com condições adequadas de trabalho, por exemplo, sem a superlotação de salas. Mas essa conversa é para um outro assunto.
Além disso, é de extrema importância que possamos refletir sobre a metodologia de avaliação que utilizamos, infelizmente dentro do sistema de ensino, é difícil se mexer. Mas acredito que outras formas de avaliação mais inovadoras são o caminho. Estou me debruçando em estudar um pouco mais sobre outras formas, uma que me chamou muito a atenção, e a aprendizagem por competências que oportuniza uma avaliação significativa para o estudante. A educação baseada em competências identifica os resultados do aprendizado de uma matéria e transforma isso em conhecimento, ou seja, dá mais valor às habilidades práticas do que teóricas. Assim, os objetivos são facilmente mensuráveis. Pretendo me aprofundar mais nessa metodologia e buscar conhecer outras para contribuir com essa linha de raciocínio.
Nós professores e futuros professores precisamos estar instrumentalizados para buscar uma educação mais acolhedora, que contribua ainda mais para o processo de aprendizagem dos educandos e possamos dar mais protagonismo aos estudantes, sei o quão importante foram alguns professores no processo de formação de quem sou hoje.
Portanto, provas só provam que o nosso sistema de ensino é cheio de falhas, potencializam às desigualdades, reproduzem um sistema tecnicista e opressor que: marginaliza e fere simbolicamente os estudantes. Não é atoa que os indicadores vem mostrar nossos péssimos resultados em educação. As provas nós provam o quantos nós professores, gestores e profissionais da educação precisamos trabalhar, se debruçar e lutar por uma educação de qualidade, universal e transformadora.
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
A EDUCAÇÃO É TRANSFORMADORA?
Nelson Mandela, proferiu uma frase que até hoje é muito marcante em minha vida "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Entretanto, será que ela realmente é tão poderosa nos dias de hoje?
Entrando a fundo nas tendências filosóficas da educação, que nos ajudam a compreender suas formas de atuação dentro da sociedade, podemos entender como ela se concretiza na vida dos estudantes.
A tendência redentora, reprodutora e transformadora norteiam a educação e limitam suas ações mediante a proposta de cada uma. Se a proposta da educação reprodutora é de reproduzir e tornar o sistema vigente perpétuo, ela vai limitar a ação daqueles que buscam por uma educação transformadora, que compreende na educação, uma forma de libertar aqueles que mais são massacrados pelo sistema vigente. Ambos não se misturam e muito menos se dialogam.
Atualmente, o modelo de educação transformadora, como a tendência progressista libertadora de Paulo Freire, não é utilizado em nenhuma escola do país, somente na educação não formal. Até porque, sendo que a educação está dentro de um sistema de ensino enraizado no sistema capitalista, como utilizar o método libertador de Paulo Freire?
Qual é a definição de educação?
Tenho certeza que essa é um reflexivo todavia complicada, já fiz essa pergunta de bate-pronto para alguns amigos e nenhum conseguiu definir. Parafraseando Daniel Cara, arrisco em dizer que a educação é a apropriação de Cultura, de tudo aquilo que o ser humano criou e cria para além da natureza, as comunidades, as sociedades, os Estados, as línguas, os valores, os esportes, as religiões, a ciência e etc. Enfim, tudo aquilo que é criado pelo ser humano pode ser chamado de Cultura e essas culturas são expressões de anos e mais anos.
Para Paulo Freire, a apropriação da cultura deve ser plena, crítica e reflexiva, sendo parte fundamental da condição humana, essa reflexão que vai contribuir e ajudar na emancipação das mulheres e homens com base no exercício livre e autônomo da leitura do mundo, ou seja, a pessoa terá a instrumentalização necessária para construir, com liberdade, a sua própria história.
Outra frase importante de Mandela me ajuda a resumir essa idéia: a educação transforma o mundo quando pautada na realização do direito humano à educação.
Ou seja, temos uma educação liberal, em partes tecnicista, em partes tradicional e ambas contribuem para a marginalidade. A educação dentro da perspectiva neoliberal, reduz seu papel somente a um insumo econômico capitalista, moralista e não critico.
Portanto, se a educação é tratada absolutamente como um insumo econômico de mercado, onde ela se torna mercadoria, o direito a educação de qualidade realmente está sendo assegurado? Ou a educação atual, não passa de uma agressão simbólica?
Enquanto os liberais raiz buscam lucrar em cima da educação, os utrarreacionarios buscam pela educação doutrinar e destruir a constituição de 88. Com uma doutrina militar e de políticas como o escola sem partido, ou essa nova proposta de um canal de denuncia contra professores.
A educação é transformadora, mas é utilizada pela classe dominante como meio de resignação.
#Educação #Transformadora #PauloFreire #NelsonMandela
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
Todo dia um 7x1 diferente
Nossa Seleção Brasileira de Futebol vem decepcionando o povo Brasileiro. Há alguns anos e o tão sonhado grito do Hexa está preso na garganta. Mas será que é só no futebol que o Brasil vem decepcionando?
Em 2014, passamos um dos maiores vexames da história do futebol em um jogo oficial da Copa do Mundo. Fomos massacrados pela Alemanha, que no jogo seguinte se consagraria tetracampeã do torneio. Lembro que ficamos completamente inconsoláveis, parecia até que havia morrido uma pessoa próxima. O país ficou de luto.
Esse sentimento durou por muito tempo, mas não somos só o país do futebol. Queremos ser mais.
Já comentei sobre o PNE - Plano Nacional de Educação. E, neste caso, também tomamos de 7 x 1.
É uma vergonha nacional. Cerca de 80% das 20 metas estabelecidas no Plano estão estagnadas e os 20% restantes foram parcialmente alcançadas. No Brasil, a aprovação escolar se dá de forma automática, os jovens estão sendo empurrados para terminarem a escola de qualquer jeito, e a proficiência em português e matemática, por exemplo, só vem diminuindo ao logo do tempo. Isso é preocupante. Como podem os jovens serem aprovados mesmo sem a mínima condição?
Nosso Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) vem mostrando a nossa insuficiência em melhorar a qualidade da Educação. A nível nacional, só batemos a meta dos anos iniciais do Ensino Fundamental (EF), de 5,5. No Ensino Médio (EM), por exemplo, não batemos a meta mínima de 4,3; chegamos somente chegamos a 3,9. Vergonhoso. Aqui em Santos a história se repete. Conseguimos bater a meta nos anos iniciais do E F e ficamos longe de bater as metas nos anos finais do E.F. e do EM. No Ensino Médio, a meta era de 4,2 e amargamos um 4,0. Sobral (CE), um município no semiárido cearense, tem o PIB seis vezes menor que o de Santos e metade de nossa população, o que significa que temos por volta de três da riqueza dos cearenses, tem a nota 9,2 em média. Das 10 melhores escolas do país, 7 estão no Ceará, o oitavo Estado da Federação. Será que existe mágica ou somente interesse político?
Outro Programa de avaliação da educação, o PISA -Programa Internacional de Avaliação de Alunos, também tem o objetivo de avaliar e gerar indicadores que possam contribuir para a discussão da qualidade educacional nos países participantes. Na sua última edição, 70 países foram analisados e o Brasil ficou 59º lugar em leitura, 63º em ciências e 65º em matemática.
Somos a terra do Pelé. Nosso craque do século quando fez seu milésimo gol no Maracanã, o dedicou às crianças de todo o país. Disse ele: “Pensem nas criancinhas. (...) Volto a lembrança para as criancinhas pobres, necessitadas de uma roupa usada e de um prato de comida. Ajudem as crianças desafortunadas, que necessitam do pouco de quem tem muito. (...) Pelo amor de Deus, o povo brasileiro não pode perder mais crianças”. E continuamos, após 50 anos, longes de sermos um país amigo da educação.
Não sou craque, mas sonho como Pelé. Ver meu lugar, como diz Arlindo Cruz em seu samba, “cercado de luta e suor. Esperança num mundo melhor”. Com educação nota 10.
Por Isaac Santos e Marcio Aurelio Soares
quarta-feira, 16 de outubro de 2019
Escolas Analógicas e Estudantes Digitais Nossos sonhos não cabem na escola atual!
Primeiro foi o rádio e depois a TV que revolucionou a comunicação mundial. Em 1970, alguns Brasileiros puderam assistir à Copa do Mundo na TV em cores pela primeira vez. Com o passar dos anos, novas tecnologias de transmissão de TV foram incorporadas. TV de tubo, LCD, LED, até que chegamos ao fim da transmissão analógica. Hoje, já faz parte da rotina das famílias assistir seus programas de TV baseado em uma nova tecnologia, a digital.
O mundo está muito diferente, a internet chegou para ficar e vem ocupando espaços que até então eram inimagináveis. Atualmente temos cerca de 310 milhões de celulares em uso para 210 milhões de habitantes no Brasil, uma média de quase dois aparelhos por pessoa.
Essa tecnologia globalizou a nossa vida, colocou todas as informações em nossas mãos. Uma criança de 7 anos tem mais informação que um senhor de 70 anos de poucas décadas atrás, o que permite a universalização do conhecimento. Basta um click e tem-se diversos livros gratuitos online, vídeo-aulas no Youtube, todos os tipos de informação e pesquisa no Google e etc.
Mas não é de hoje que nos deparamos com escolas vazias, especialmente às sextas, vésperas de feriado ou em qualquer outro dia que se ache motivo ou desculpe para faltas às aulas. E, não só, os índices de evasão escolar estão, principalmente, no ensino médio, a cada dia maior. Será que nossa geração é desinteressada, não tem curiosidades científica ou culturais?
A verdade é outra. Os estudantes estão fugindo da escola porque ela não os atrai. Sendo passivas, não se utilizam de dinâmicas pedagógicas motivadoras e transformadoras. Educação pressupõe ação. O “cuspe e giz” é do século passado, as unidades de ensino são analógicas, como no século passado. Enquanto estamos na era digital, quando mais de 80% dos jovens se utilizam de celulares, professores ainda estão na era do “ditado”. Ao entrarmos na escola, somos obrigados a guardar o século XXI no bolso. Vivemos a relação, “professor fala e aluno escuta”, e o aluno que tente compreender que aquela bolinha desenhada na lousa pela professora é uma célula.
Temos um ensino fraco, automatizado, como fôssemos maquinas de copiar e colar, os jovens tratados como indivíduos como números que recebem notas. Suas potencialidades e sua inteligências não são valorizadas. Não sabem, alguns educadores, esses que elaboram políticas de educação, que uns indivíduos se interessam por uma coisa, outros por outras. Uns tem facilidade lendo, outros ouvindo; mas que todos aprendem se utilizada uma pedagogia mais dinâmica, como o teatro, por exemplo, e ferramentas digitais.
Nossos sonhos não cabem dentro de um prédio de concreto que busca reproduzir e perpetuar um sistema desigual, somos maiores e nossas necessidades são do tamanho do mundo. Queremos ir para a escola para pensar e agir. A cada 23 minutos morre um jovem no Brasil. Quantos desses poderiam, através da educação, ter suas vidas transformadas?
Por Marcio Aurelio e Isaac Santos
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO ESTÁ EM RISCO ?
Falei sobre como funciona o Financiamento da educação, sobre como surgiu e como funciona o FUNDEB, mas com os cortes na educação e a atual situação do país, o investimento da Educação está risco ?
Existem poucas movimentações no congresso e ambas estão a passo de tartaruga, três Emendas Constitucionais (PEC) estão em tramitação, duas no Senado Federal e uma no Congresso Nacional, às três emendas buscam garantir a permanência do FUNDEB após 2020 e além disso torna-lo permanente na Constituição, diferente da atual que prevê o fim para Dezembro de 2020. Atualmente o repasse da União é de 10% no valor total dos fundos dos estados e municípios e a ideia é que a capacidade de investimento pule para 40% em uma das emendas no Senado, já no Congresso Nacional a proposta é de 15% e que gradativamente exista um aumento em 10 anos até os 30%.
Porém, temos um Governo que trata a educação como mercadoria e que não entende o papel fundamental da educação no crescimento do país, ou melhor finge que não entende. A proposta do Governo Bolsonaro é menor que as demais propostas, eles buscam sair de 10% e chegar em 15%, aumentando gradativamente o percentual em 1% a cada ano e em 5 anos chegar nos 15%. o Atual Ministro da Educação Abraham Weintraub, declarou que um aumento superior a essa proposta seria inviável sem o crescimento da economia e também disse que após a aprovação da reforma da Previdência, existiria um aumento na arrecadação e após isso seria prioridade o descontigenciamento das verbas destinadas a educação. (Fez a verba da educação de refém) O ministro vem realizando diversos cortes em outros programas na educação e vem com uma proposta de aumentar 5% em 5 anos, ou seja isso seria um desinvestimento na educação, se você tira de Chico para dar a Francisco e eles são irmãos e dividem o mesmo teto, o problema continua da mesma forma. Só transferiu o problema. Isso mostra ainda mais a incompetência deste Governo.
Este governo vem fazendo cortes no FUNDEB?
A arrecadação em nosso país vem diminuindo e por isso desde 2015 o FUNDEB acaba tendo muitas dificuldades em suprir as despesas recorrentes, e pior a união não consegue destinar verbas como previsto na lei, pois existe a PEC do teto de gastos que impossibilita o investimento em educação e etc..
Ou seja existem diversos cortes, mas eles não são diretamente ao FUNDEB. Com a queda na arrecadação e com a União sem poder complementar este fundo, o FUNDEB acaba sendo atingido indiretamente, nossa educação Básica fica ameaçada e em estado de alerta. A falta ou o não funcionamento correto deste fundo representa uma série de retrocessos para nossas crianças e jovens como a perpetuação de desigualdades, falta de recursos ao pagamento de docentes, o não cumprimento de diversas metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e por um caos completo na organização do ensino.
Precisamos lutar por uma Educação Transformadora e este governo vem construindo uma agenda de retrocessos, não só para a educação, mas também para grande parte da população, em especial para aqueles que mais precisam. Precisamos ficar atentos e seguir na luta por um país que trate a educação como investimento e não como gasto.
#FUNDEB #Educação
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
GOVERNO BOLSONARO FEZ A EDUCAÇÃO E O POVO DE REFÉM
Quem nunca viu um filme ou serie, onde bandidos fortemente armados assaltam um banco e fazem dezenas de pessoas de refém? Eu já assisti diversos e sempre é um clichê bacana de assistir, não é mesmo? Mas nunca imaginei que seria possível essa estratégia ser usada para uma aprovação de uma proposta de governo dentro de uma democracia, essa é nova para mim.
Parece que o Ministro da Educação, Abraham Weintraub é fã desse tipo de conteúdo cinematográfico e usou algum desses filmes ou series como espelho para ajudar na pressão para a aprovação da Reforma da Previdência. Como todos sabemos a algum tempo existe esse debate entorno da Previdência e ficou claro, que o Governo Bolsonaro e seus lacaios, iriam fazer de tudo para aprovar essa medida desleal com o povo.
Os filmes de assalto a banco e a nossa conjuntura tem suas semelhanças. O assaltante nos filmes tem o objetivo obvio de saquear o banco e usufruir dessa riqueza de alguma forma, e aqui não é tão diferente. O objetivo da proposta é de perpetuar ainda mais as desigualdades já impostas em nossa sociedade. Mais de 90% da economia da reforma da Previdência virá dos mais pobres, ou seja, vão saquear os mais pobres e dar aos mais ricos, um Hobin Hood às avessas.
Outras semelhanças seriam as estratégias e as formas de conduzir o assalto. Podemos notar em La Casa de Papel as diversas estratégias geniais do Professor para atrasar e confundir a polícia e também ter a aceitação/aprovação da massa. É de extrema importância dentro deste plano que exista uma movimentação forte para que o povo aceite a proposta e participe na pressão. Aqui podemos notar que existiram estratégias, tiveram muitas bombas de fumaça. Bombas de fumaça? Sim, Bolsonaro e sua trupe lançaram durante a tramitação da reforma, diversas declarações polemicas e algumas até totalmente idiotas e ignorantes que fizeram com que a oposição voltasse suas forças para essas declarações e deixassem de lado a reforma, ou seja foram confundidos e atrasados. Outra estratégia foi a promessa de Bolsonaro pagar R$ 20 milhões em emendas parlamentares a cada deputado que votasse a favor da reforma, essa estratégia é bem corriqueira nos bastidores da nossa política nacional e infelizmente, mais uma vez foi usada em prol desse projeto maléfico. Em busca do apoio de popular, o governo lançou diversos comerciais e notícias nos grandes meios de comunicação em busca do convencimento da população e seu eventual apoio. Diversas mentiras como a “Nova previdência que vai combater privilégios”, usou até a negação da política como arma dizendo que a “reforma iria atacar os políticos”. E como remete ao título para mim, a estratégia mais absurda que foi a do contingenciamento (corte) de verbas na educação, mais de 29 bilhões que seriam destinados à educação foram cortados. Esse corte foi uma medida que visa o fim da escola pública, porem foi utilizado como estratégia para a aprovação da reforma. O atual ministro Abraham Weintraub declarou diversas vezes que após a aprovação da reforma existiria o descontingenciamento da verba, ou seja, fez a verba de refém, inclusive ontem saiu a notícia de que R$ 1,99 bilhão foram descontingenciados, e ainda falta uma parte do montante. Quem lembra dos filmes, onde os assaltantes começam a liberar um ou dois reféns em busca de algum benefício ou acordo e no final buscam trocar todos os reféns pela liberdade?
Infelizmente em nosso caso, temos a aprovação da Reforma e a educação a cada dia mais ameaçada, além dos milhões de desempregados e pessoas inadimplentes, precisamos tributar os mais ricos; cobrar os grandes devedores da previdência (bancos); parar de oferecer benefícios fiscais ao grande empresariado quem e gerar empregos! O resto é balela e história digna de uma ficção.
#Educação #Previdência
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Filosofia e educação: Qual é a relação que as une?
A filosofia possui diversas definições e conceitos. Ao longo da história, observamos diversas pessoas usarem esse termo, mesmo sem saber o seu real significado.O fato é que devido a conceitos bastante complexos elaborado por grandes teóricos, isso gerou uma barreira a seu entendimento, nos fazendo acreditar que Sócrates nada queria quando disse "Só sei que nada sei", quando, na verdade, nos chamava a reflexão.
A Filosofia em um desses conceitos, seria um conjunto de informações provenientes do ser-humano que ajudam a compreender o mundo que os rodeia, e dar-lhe sentido, significado.
Ou seja a filosofia oferece um direcionamento para a acão humana, exemplo: para que possamos ir, temos que saber para onde vamos e como vamos e para isso é necessária uma reflexão sobre o determinado assunto.
Mas Isaac, filosofar não é para mim, isso é coisa para pessoas super inteligentes.
Mas é claro que não, inclusive esse pensamento já pode ser considerado uma reflexão filosofica rs.
Quando não filosofamos, não temos sentidos básicos que nos oriente sobre o mundo, com isso passamos a ser "massa de manobra" e vivemos no "senso comum", adquirindo conhecimentos aleatórios, sem um direcionamento sobre o mundo e isso pode nos fazer andar em circulos.
Beleza Isaac, agora que você falou sobre tudo isso, qual é a relação entre Filosofia e Educação ?
Elas tem semelhança, pois a educação tem o objetivo de trabalhar o desenvolvimento das novas gerações com a sociedade, e a Filosofia tem o papel de estruturar como isto irá ocorrer na sociedade; portanto, a educação precisa da filosofia para ter uma orientação a seguir. Sem a reflexão não existe uma forma de funcionamento da sociedade.
Existem três tendências filosóficas políticas para compreender a educação, já comentadas por mim, as tendências Redentora, Reprodutora e Transformadora.
Portanto filosofia e educação sempre estarão conectadas em tempo e espaço. Este fato jamais vai mudar por simplesmente ser parte da nossa existência.
EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMADORA
As três ações educativas do Educador Cipriano Carlos Luckesi
O filósofo Cipriano Luckesi identificou três tendências filosóficas de interpretação da educação, no intuito de compreender melhor as atuais políticas pedagógicas tomadas pelo estado, farei uma breve apresentação de cada uma delas.
A terceira é a tendência Transformadora que compreende na educação a importância de servir como mediadora para um projeto social, ela não redime e nem reproduz, mas serve de meio para a construção de um projeto de sociedade.
Essa tendência não coloca a educação como um instrumento do sistema vigente e pretende demonstrar que é possível ter uma visão crítica dentro da sociedade e mesmo com seus determinantes e condicionantes existe a possibilidade de trabalhar pela democratização da educação.
Podemos colocar que a Educação Redentora tem como viés um sentido otimista ilusório e a reprodutora um sentido pessimista imobilizador. As duas acabam chegando ao mesmo ponto, já que na redentora a busca é pela redenção, a inclusão daqueles que estão a margem dentro de uma sociedade perfeita que logo acaba sendo um serviço aos interesses da classe dominante, a reprodutora sempre será uma instância de serviço ao modelo dominante e não consegue propor uma prática pedagógica, ou seja ela não estabelece um modo de agir para a educação, e sim apresenta o modo em que atua.
Diferente das ultimas tendências essa é uma teoria crítica que busca agir estrategicamente dentro dos aspectos da sociedade. Na luta pela transformação e a busca de sua democratização efetiva e concreta atingindo os aspectos políticos, sociais e econômicos. Isso tudo a serviço da libertação daqueles que mais precisam e que se encontram em condições desfavoráveis dentro da sociedade e por muitas das vezes acabam simplesmente se tornando mão de obra barata, e pior como vimos no último texto alguns acabam se tornando agentes de exploração ou repressão, como disse Paulo Freire, "Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor"
Portanto precisamos nos atentar e em movimento constante na busca de uma educação que tenha como objetivo transformar a sociedade, que busque transformar vidas, que trate as individualidade de cada um e seus diferentes aspectos de aprendizagem. Lutar contra a exploração e a marginalidade, garantir uma educação laica, de qualidade para todos e usar a educação como um instrumento de luta contra a desigualdade social, a educação transforma!
EDUCAÇÃO REPRODUTORA (Minha Opinião)
No último texto sobre as tendências filosóficas da educação fiz um resumo com base no livro Filosofia da educação de Cipriano Carlos Luckesi e podemos notar que a educação Reprodutora tem como objetivo preparar o indivíduo para a vida em sociedade, em um espaço cuja finalidade é reproduzir a sociedade tal como ela está, seguindo regras e costumes impostos pela classe dominante de modo a perpetuá-la, ou seja, manter a hegemonia do sistema capitalista.
Visando sempre o lucro, a ideologia burguesa vem se moldando com o tempo, se fortalecendo dentro da sociedade e mantendo o poder do estado burguês.
Podemos notar que a escola não tem como objetivo ser um instrumento de transformação social e sim reproduzir a ideologia da classe dominante. A escola é um espaço político nada neutro e podemos notar no último texto que com a ascensão da burguesia a escola tomou o "protagonismo" na formação de indivíduos reprodutores que desde cedo são ensinados a crescer e "apertar parafusos com sorriso no rosto pois não existe crise e sim dificuldades normais da vida". Esse é um método que se pauta na esperança de uma vida melhor. Sabemos que a meritocracia em nosso país é só uma lenda urbana e não passa de mais um mecanismo para a alienação das massas.
Lembro bem de quando estava no 2° ano do Ensino Médio, quando, antes de entrar na escola, guardava o século XXI e meus sonhos no bolso e entrava em uma escola do século XIX, em que grande parte dos meus colegas mal tinham a perspectiva de ingressar no ensino superior. Nos vendem sonhos e nos cobram altos preços, no capitalismo nada é de graça.
Portanto, a escola não é um instrumento de transformação e sim um instrumento utilizado para a dominação da sociedade, todo o seu ensino é baseado na formação de trabalhadores em sua maioria braçais, alguns funcionários de caixa e atendimento, outros nesta linha tênue chegam a ser agentes da exploração (capitalistas manager) e outros agentes da repressão (policiais, políticos e administradores).
Todavia existem muitos que lutam e acreditam em uma sociedade diferente, que despertam e acreditam em uma transformação da sociedade e essa tendência é o nosso próximo assunto.
Deixarei aqui uma visão de Althusser inclusive chegando ao pessimismo.
"Peço desculpas aos professores que, em condições terríveis, tentam voltar contra a ideologia, contra o sistema e contra as práticas em que este os encerra, as armas que podem encontrar na história e no saber que ensinam. Em certa medida são heróis. Mas são raros e quantos (a maioria) não têm sequer vislumbre de dúvida quanto ao trabalho que o sistema (que os ultrapassa e esmaga) os obriga a fazer; pior, dedicam-se inteiramente e em toda consciência à realização desse trabalho (os famosos métodos novos). Têm tão poucas dúvidas, que contribuem até pelo seu devotamento a manter e a alimentar a representação ideológica da Escola que a torna hoje tão "natural", indispensável-útil e até benfazeja aos nossos contemporâneos, quanto a Igreja era "natural", indispensável, para os nossos antepassados de há séculos".
terça-feira, 24 de setembro de 2019
VOCÊ SABE COMO FUNCIONA O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ?
Parte desse investimento vem do FUNDEB que é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos Profissionais da Educação. Este fundo é a principal fonte de recursos das redes públicas de ensino da educação básica, distribuindo quase R$ 150 bilhões, oriundos de impostos já vinculados à Educação
COMO COMEÇOU ?
A LDB 9394/96 trouxe muitas novas propostas para o âmbito educacional e com essas novas propostas se tinha um novo olhar para a questão do financiamento na educação. Com uma verba específica para além daquilo que já estava destinado na própria LDB, onde diz que: Estados e Municípios devem investir no mínimo 25% de sua receita em educação e a União no mínimo 18%.
Agora olhando por essa perspectiva, existem Estados com melhores condições e Estados com piores condições, e por isso tenderiam a ter diferenças nos valores e investimento na educação, a mesma coisa com os municípios. Ou seja com esse fundo os municípios mais pobres em média dobram a sua capacidade de investimento na educação.
Portanto, buscando equilibrar essas questões em 1997 foi criado o FUNDEF que era o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e da Valorização do Magistério. O primeiro foi focado somente no Ensino Fundamental pois a obrigatoriedade do ensino era também no Ensino Fundamental.
Após várias discussões em volta da importância do investimento na Educação infantil e no Ensino Médio, em 2007 foi criado o FUNDEB que tem vigência até 2020.
POR QUE O FUNDEB FOI CRIADO ?
Para assegurar que exista um mecanismo de financiamento que promova a inclusão sócio-educacional em toda a educação básica.
Lembrando que em 2007 quando o FUNDEB foi criado só existia a obrigatoriedade no Ensino Fundamental. A obrigatoriedade da Pré escola e do Ensino Médio só começa a partir de 2012, mas o FUNDEB já estava em ação.
COMO FUNCIONA A DIVISÃO DE RECURSOS ?
Os recursos são distribuídos com base no N° de alunos que estão matriculados nas unidades oficiais de ensino. Então existe esse incentivo para que os alunos estejam matriculados nas unidades. O fundo funciona repartindo recursos de quem tem muito com quem tem pouco, em um estilo Robin Hood.
QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO FUNDEB ?
Promover a equidade;
Concorrer para a universalização da Educação Básica;
Melhorar a qualidade de Ensino;
Valorizar os profissionais da Educação(Criação do Piso Salarial Nacional)
E COMO VAI FICAR O FUNDEB DEPOIS DE 2020 ? ESTÃO EXISTINDO CORTES ?
Irei postar ainda essa semana um próximo texto falando sobre a situação atual do FUNDEB e se a educação Básica em nosso país está em risco mediante à má gestão do governo Bolsonaro, fique ligado e acompanhe minha rede. 👏
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
EDUCAÇÃO COMO REPRODUTORA ?
As três tendências filosóficas do Educador Cipriano Carlos Luckesi.
O filósofo Cipriano Carlos Luckesi identificou três tendências filosóficas de interpretação da educação, no intuito de compreender melhor as atuais políticas pedagógicas tomadas pelo estado, farei uma breve apresentação de cada uma delas.
A segunda é a tendência REPRODUTORA, diferentemente da Redentora, essa faz parte integral da sociedade, e a reproduz. Notamos que a educação Redentora busca atuar como uma instância corretora, reguladora e sempre visando um modelo perfeito de sociedade, porém sem uma visão crítica. Na tendência Reprodutora, ela é crítica, a partir do viés da classe dominante e seus posicionamentos econômicos, sociais e políticos, ou seja, a educação estaria a serviço do sistema vigente e seus princípios.
Louis Althusser, filósofo que encabeçou a corrente estruturalista do marxismo, no seu livro Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado, diz o seguinte:
"Toda sociedade, para perenizar-se, necessita reproduzir-se em todos os seus aspectos; caso contrário, desaparece". Parafraseando Marx, Althusser nos diz que se "uma formação social não reproduz as condições de produção ao mesmo tempo em que produz, não conseguirá sobreviver um ano que seja".
Importante ressaltar que Althusser em sua leitura coloca que com o tempo torna-se necessária a formação profissional do indivíduo e suas diversas especialidades do mercado e suas divisões sociais do trabalho. Nas sociedades primitivas este aprendizado se fazia pelo cotidiano, mas com o tempo a sociedade foi se tornando mais complexa e foi depositada na escola a condição de formação de indivíduos técnicos e preparados para ocupar os espaços de trabalho, anteriormente tal confiança era depositada na igreja, que tinha um papel religioso mas também educacional e cultural. Com a ascensão da burguesia e o declínio da aristocracia, o aparelhamento ideológico a partir da escola se sobrepõe ao da igreja, já que tem uma forma mais sutil e "simbólica" para impor as vontades da classe dominante à classe dominada.
Além disso, Althusser coloca que a escola tem
dois sentidos de ação:
1° Aprende-se a ler, escrever e contar e falar, ou seja, algumas técnicas básicas que podem ser aprofundadas, mas que serão ultilizadas em diferentes pontos de trabalho, aprendizagens práticas.
2° E para além das técnicas e práticas a escola ensina as "regras" dos bons costumes, pois é de extrema importância que o indivíduo tenha plena consciência cívica e profissional para compreender e respeitar as divisões sociais e técnicas do trabalho por regras estabelecidas pela classe dominante.
Portanto, a educação Reprodutora tem como objetivo prepararar o indivíduo para a vida em sociedade, em um espaço cuja finalidade é reproduzir a sociedade tal como ela está, seguindo regras e costumes impostos pela classe dominante e se for possível perpetuando-a.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
EDUCAÇÃO COMO REDENTORA (Minha Opinião)
No último texto sobre as tendências filosóficas da educação fiz um resumo com base no livro Filosofia da educação de Cipriano Carlos Luckesi e podemos notar que a educação redentora tem como objetivo adaptar os indivíduos à sociedade e intregrá-los de forma neutra, sem reflexão política, cultural ou econômica.
Muitos talvez diriam que na sociedade atual isso seria de uma grande complexidade, já que a globalização e os mais diversos meios de comunicação garantem um livre acesso à informação e de fato trazem aos invidivíduos uma certa autonomia em seus posicionametos e convicções, outros também diriam que dentro de sala de aula existem professores doutrinadores que buscam introduzir conhecimentos ideológicos na mente das crianças e jovens, ou seja, isso seria totalmente diferente daquilo que a educação como redenção propõe (Convenhamos que não vamos dar moral para essas pessoas que gritam pelo projeto escola sem partido né?).
Pois bem, vejo que essa tendência busca "passar um pano" para o sistema capitalista, que busca colocar a sociedade como um todo harmônico e organizado e não leva em consideração todos os contextos que cansamos de falar no sentido de desigualdades sociais, étnicas, raciais e, bom, gente, são muitos problemas não é mesmo? É mais rápido cantar Faroeste Caboclo de trás para frente do que citar todas as dificuldades que nosso povo passa. Estamos longe de viver em uma sociedade tão cheia de flores e harmonia e convenhamos que caso a gente for se pautar no quesito meritocratico da questão, meu pai acorda todos os dias bem cedo a anos e até hoje não merece uma condição de vida boa? Nem todo estudante de escola pública tem a oportunidade de estudar em Harvard e ser exemplo de que todos podemos chegar lá, a maioria mal termina o ensino médio. Essa tendência, como disse Dermeval Saviani, é uma "teoria não crítica da educação", ou seja, ela não leva em conta toda a contextualização crítica da sociedade na qual estamos inseridos.
Mas, mesmo assim, será que essa tendência é colocada como extinta? Ou será que existem profissionais da educação que buscam a todo custo colocarem suas atuações como isentas de comprometimentos com a política e estes contextos que levantamos?
Tudo é político, inclusive seu silêncio conivente e fantasiado de neutralidade!
"Antonio Gramsci"
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
EDUCAÇÃO COMO REDENTORA ?
As três tendências filosóficas do Educador Cipriano Carlos Luckesi.
O filósofo Cipriano Luckesi registrou três tendências filosóficas de interpretação da educação, no intuito de compreender melhor as atuais políticas pedagógicas tomadas pelo Estado. Farei uma breve apresentação de cada uma delas.
A primeira é a tendência REDENTORA, que compreende a educação como uma forma de salvar a sociedade de suas mazelas: "Estude e seja alguém na vida".
Luckesi entende que todos nós temos algum tipo de vínculo social, seja na escola, seja com a família e amigos, em uma sociedade em que tudo flui naturalmente. No entanto, existem desvios de grupo; pessoas que estão à margem. A sociedade neste caso é interpretada como um ambiente harmônico e organizado e cabe à educação integrar em sua estrutura tanto os novos elementos (novas gerações) quanto os que, por qualquer motivo, se encontram à sua margem, ou seja, fazer com que o indivíduo possa se adaptar e, assim, manter a sociedade da forma que está, organizada em classes sociais, de acordo com os princípios da meritocracia. Quem nunca ouviu falar: "estude para ser alguém na vida". Para alguns pedagogos, essa frase, em alguma medida, é coerente; contudo, talvez tenha até uma herança religiosa que entende a educação como um instrumento para enquadrar o indivíduo no caminho “certo”.
Comênio, educador do século XVII, tinha ideias que estavam inspiradas numa profunda convicção religiosa, em um grande senso filantrópico, um ideal universalista e uma doutrina didática realista. Para ele a educação dirige-se antes de mais nada à salvação, à felicidade eterna. Em uma de suas obras afirma: "Um dos primeiros ensinamentos que a Sagrada Escritura nos dá é este: sob o sol não há nenhum outro caminho mais eficaz para corrigir as corrupções humanas que a reta educação da juventude. Portanto, as mentes simples e não ainda ocupadas e estragadas por vãos preconceitos e costumes mundanos são as mais aptas para amar a Deus".
Assim, entende a educação não integrante à sociedade já que contribui para o seu equilíbrio e ordenamento, buscando a formação da personalidade de seus indivíduos para o desenvolvimento de suas habilidades, valores éticos necessários para a sua convivência social.
A educação como redentora tem como objetivo adaptar os indivíduos à sociedade e integrá-los de forma neutra, sem reflexão política, cultural ou econômica.
#Educação #VocêSabia #Redentora
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ?
O Plano Nacional de Educação (PNE), Lei N° 13.005/2014 determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. As metas buscam a garantia do direito a educação básica com qualidade, promovendo o acesso e a universalização do ensino obrigatório, como também a ampliação das oportunidades educacionais, reduzindo as desigualdades, além de metas para valorização dos profissionais e relacionadas ao ensino superior
O PNE é uma exigência Constitucional ? Sim, pois segundo o Art° 214 da nossa constituição é obrigatória a construção de um plano nacional de educação, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração entre a União, Estados, municípios e Distrito Federal.
Importante ressaltar que esse plano é composto por diretrizes, metas e estratégias. No qual temos 10 Diretrizes, 20 metas e mais de 250 estratégias.
As diretrizes são os caminhos a serem percorridos.
As metas são objetivos quantitativos, aquilo que a gente se propõe à alcançar.
As estratégias são os meios para alcançarmos as metas, à ação.
Para além disso, existem 4 instâncias que vão fazer a avaliação e o monitoramento do plano.
O Ministério da Educação (MEC)
O Conselho Nacional de Educação (CNE)
O Fórum Nacional de Educação (FNE)
E as Comissões de Educação do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e o Senado Federal)
Mas Isaac e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) qual o papel dele ?
O INEP tem como papel construir um relatório sobre o monitoramento do Plano Nacional de Educação e a cada dois anos ele é lançado para a visualização do "caminhar da carruagem " e assim podemos notar onde estamos e aquilo que falta para que as metas sejam alcançadas.
Esse é o nosso terceiro PNE, pois existiu um na década de 60 que foi somente um esboço, tivemos um de 2001 até 2011 que foi oficial e este que temos atualmente
Uma crítica que eu tenho, é sobre o fato de não existir nenhuma penalização caso as metas não sejam atingidas, no final caso não forem atingidas serão reestruturadas e empurradas para o próximo PNE decenal. Segundo um estudo de Andressa Pellanda, coordenadora executiva da campanha nacional pelo direito à educação, cerca de 80% das metas estão estagnadas, ou seja estamos longe de cumprir as metas já que os outros 20% foram somente parcialmente cumpridos segundo o estudo.
terça-feira, 27 de agosto de 2019
Políticas Públicas para a Educação, vamos à luta!
"SÓ VAMOS DESISTIR, ABORTAR A MISSÃO, QUANDO A EDUCAÇÃO AQUI VIRAR OSTENTAÇÃO!"
(Renan Inquérito)
Vivemos em um país que oferece poucas políticas públicas para juventude; com pouco investimento na educação, enfrentamos um grande problema que é a evasão escolar.
O sucateamento da educação, a falta de recursos básicos para os professores darem aula, problemas com merenda, escolas sem tecnologia, professores sem uma remuneração adequada, aulas sem atratividade ou o famoso "lousa e giz", escolas que parecem presídios, escola sem Cultura, sem esporte, sem arte, sem democracia, formam um caldo de ineficiência. Além disso, a doença do Século XXI, a pressão colocada desde muito cedo na juventude para que “sejamos alguém” na vida, somada com as frustrações, não aceitação de quem somos e a falta de acompanhamento psicológico, jogam os alunos para fora dos muros escolares.
Hoje, cerca de 2,8 milhões de jovens se encontram fora da sala de aula e isso é reflexo de uma educação que não dialoga com os nossos sonhos, que não cabem dentro de uma sala de aula. Com celulares dos mais modernos ao mais simples, temos o Século XXI nas mãos. Na escola, somos obrigados a guardá-los nos bolsos e voltamos ao século XIX. Isso é inaceitável! Por isso, a juventude, a cada dia, vem migrando para outros espaços, que muitas das vezes não é nem o mercado de trabalho e nem as instituições de ensino, ou até caminhos errados. São os famosos "nem nem" - não trabalham, nem estudam. Fazem lá o quê !?
Essa realidade interfere diretamente na sociedade, na qualidade de vida das pessoas e na perpetuação da desigualdade social, que como venho falando, é o maior problema do País.
Temos um ensino fraco, robotizado e sem tecnologia, isso dificulta o aprendizado dos estudantes e nos colocam em "check" no momento de transição para a faculdade. Vemos, por exemplo, o pequeno número de estudantes de escola pública nas universidades públicas, o número fica ainda menor quando se trata de jovens negros de escola pública e isso é reflexo de um escola que não consegue preparar os estudantes para competirem com seus colegas das escolas privadas. Com um ensino automatizado, nos tornamos máquinas de copiar e colar. Uma Escola que não valoriza as potencialidades de nossa juventude, que não dialoga com a apropriação de talentos e tenta assassinar os sonhos da juventude com pressão e falta de perspectiva.
Nosso projeto vem com o intuito de mudar essa realidade, lutar por novas perspectivas para os jovens, com projeto esportivos, culturais, artísticos e sociais. Somos jovens , temos como maior estímulo transformar essa realidade, trazer novas perspectivas, transformando este lugar preto e branco, sem vida, num lugar colorido com possibilidades e perspectivas.
Quer saber mais sobre nosso projeto? Entre em contato conosco, vamos juntos neste sonho. Se junte às nossas redes sociais.
Face @IsaacdeSantos09
Insta @Isaacdesantos
Twitter @Isaacs4ntos09
#EducaçãoPublica #FalaIsaac
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
Educação Política no Arte no Dique - Participe!
EDUCAÇÃO POLITICA 📖❤
Salve Galera, nesta Sexta-feira, dia 23 de agosto estarei dentro do projeto programa cultural +SOMA, que contribuí e incentiva o compartilhamento de CULTURA, ARTE e EDUCAÇÃO no @artenodiqueoficial
-
Sou Embaixador do @_politize que é a maior organização de Educação Política do país
e nessa 1ª. Edição o tema será: "Política e Democracia"
O objetivo desta atividade é introduzir a base do entendimento sobre política e
democracia, bem como discutir sobre esses conceitos e aplica-los na realidade
Vamos falar sobre:
O que é Política ?
O que é democracia ?
Em que momentos do seu dia você faz política ?
Autocracia, oligarquia e democracia ? Oque são ?
Condições para se ter uma democracia.
Que ações podemos tomar para melhorar nossa democracia ?
-
Tudo isso no Dia 23 de agosto às 19:30h até 20:30h
#NoArte 🤟🏿
Av. Brigadeiro Fária Lima, 1349 - Santos
Inscrições gratuitas
No site NOVO que ficou show!
www.artenodique.com.br
Todos estão convidados, participe! Vamos construir uma democracia forte e conhecer assuntos importantes para a nossa participação na sociedade
#arte #vilagilda #Política
segunda-feira, 5 de agosto de 2019
Eleições para Conselheiro Tutelar - ECA e a importância do voto
Iniciou o período eleitoral para o Conselheiro Tutelar. Como todos sabemos a votação não é obrigatória e muitos não participam deste processo.
Porém os direitos da criança e do adolescente são de extrema importância. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), reúne as leis específicas que asseguram os direitos e deveres de crianças e do adolescente aqui no Brasil. O ECA nasceu da luta do movimento estudantil organizado e de diversos movimentos sociais que defendiam estes direitos. Já que naquela época só existia o "Código de menores" que punia menores considerados infratores
Portanto, desde 1990 a Criança e o Adolescente tem direito a proteção pela família, o Estado e a sociedade.
A Constituição Brasileira no artigo 227, também assegura a proteção integral à criança e ao adolescente:
"É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."
Ou seja, é de muita importância que você busque a história dos candidatos, pesquise sobre o ECA, sobre o funcionamento do conselho e VOTE com consciência, participe de mais um processo democrático do nosso país e município
Porém, fiquem ligados!
Tem muito bom(a) moço(a) que participa desta eleição pensando em uma futura candidatura ao legislativo Municipal ou seja se agarra em um processo tão importante que a luta da criança e do adolescente para ser vereador(a). Fiquem atentos!!!
quinta-feira, 23 de maio de 2019
Evasão Escolar
Educação é uma coisa que me preocupa muito, por isso sempre estive envolvido no movimento estudantil. Não tenho postado muito porque tenho estudado bastante, pois vou começar a faculdade agora no segundo semestre.
Fico muito triste em saber que nem todos os jovens como eu, conseguem terminar os estudos. O Brasil é um dos campeões mundiais em jovens que abandonam os estudos. A isso os especialistas chamam de EVASÃO ESCOLAR. Em média, 24,1% dos alunos não concluem o Ensino Fundamental até os 17 anos. Nesse quesito, só perdemos para a Bósnia e das ilhas São Cristóvão e Névis (nunca tinha ouvido falar nesse país!), no Caribe.
Para termos uma ideia da gravidade da situação brasileira, quase a metade dos jovens com 19 anos não terminam o ensino médio.
Quase um milhão e meio de alunos abandonam o ensino fundamental antes de terminar. E por que será que isso acontece? Será que a molecada não está querendo estudar ?
As causas são bem variadas, e, a principal delas, é a pobreza que leva a dificuldade de acesso à escola, a falta de transporte, a desmotivação pela ausência de atividades esportivas e culturais, e o métodos de ensino do século passado, do tipo “lousa e giz”. Além disso, na grande maioria das vezes, os jovens têm que trabalhar para ajudar a família.
Daí, todo ano, o Brasil perde R$100 bilhões em consequência desse alto nível evasão escolar. Estar fora da escola não é só prejudicial para o jovem, é prejudicial para toda a sociedade e gera impacto no nosso dia a dia de forma muito concreta! Jovem na rua é sinônimo de problema e criança tem que brincar e não trabalhar!
Precisamos reverter esses números com urgência, antes que outros jovens e adolescentes resolvam abandonar as escolas. Isso pode ser feito de diversas formas, como a implantação de novas atividades escolares, de maior incentivo ao esporte, à musica, à cultura, dentre outros.
Vocês já imaginaram todo esse pessoal adulto sem ter estudado direito? Viram profissionais sem qualificação e, o pior, sem noção do que é cidadania, dos seus direitos e deveres dentro da sociedade!
Vou deixar aqui embaixo algumas fontes de consulta se vocês quiserem se aprofundar mais no tema, ok?
Um abraço a todos
FONTE: MEC/ INEP/ DEED / TODOS PELA EDUCAÇÂO/ POLITIZE
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